null Parceiros do MAMM constatam a dinâmica no aproveitamento das oportunidades das Multilaterais

Imagem com fundo cinza. O canto superior esquerdo contém o logótipo a AICEP Portugal Global (Um círculo com vários círculos pequenos dentro de cor azul, vermelho e verde). No canto superior direito encontra-se o logótipo do GPEARI de cor vermelha e com o descritivo por extenso. Ao cento pode ler-se na 1.ª linha

Direitos de autor da imagem: GPEARI

No passado dia 26 de fevereiro teve lugar, virtualmente, a 13.ª reunião da Comissão de Acompanhamento (CA) do Mecanismo de Acompanhamento do Mercado das Multilaterais (MAMM).

Ao longo da reunião foram apresentados os principais resultados do retorno para a economia portuguesa da participação nas instituições financeiras internacionais. O número de contratos obtidos por empresas e consultores nacionais aumentou de 68 para 78. Foi, aliás, o melhor resultado desde que há registo (i.e. 2007) a este nível. Em termos de valor, tal resultou num montante de cerca de USD 106 milhões, fazendo com que o rácio de retorno da participação do Estado português nestas instituições se cifre em 1,9.

Verificou-se ainda a entrada de 24 novas empresas e consultores no mercado das multilaterais que obtiveram, assim, o seu primeiro contrato. Foi o caso de empresas dos setores da construção, da água, da energia e da informática (entre outros) e ainda de quinze consultores individuais.

Em termos de países de operação, 2019 marcou um aumento da concentração geográfica nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), invertendo uma tendência de diversificação geográfica que se vinha a verificar em anos anteriores. No entanto, é de notar a obtenção, pela primeira vez, de contratos na Palestina e Turquemenistão.

A CA analisou o Relatório de Atividades do Mecanismo de Acompanhamento do Mercado das Multilaterais para o ano de 2020, que integra as ações desenvolvidas pelos membros do Mecanismo no âmbito da promoção e dinamização do mercado das multilaterais. Apesar das vicissitudes causadas pela pandemia, com a realização de ações virtuais foi possível manter a atividade em níveis similares a anos anteriores. Em 2020 contabilizaram-se 23 ações (webinars, encontros bilaterais, ações de âmbito mais alargado com componente multilateral, entre outras) promovidas pelo MAMM, das quais 14 foram organizadas pelo Grupo de Trabalho (AICEP – GPEARI). As diferentes ações versaram de forma abrangente as diferentes Instituições Financeiras Internacionais (IFI) e as diferentes geografias de operação.

Na CA foram também analisados os resultados das metas fixadas no Plano Estratégico 2018-2020 e ainda decidida a prorrogação deste Plano Estratégico por um ano.

Na troca de ideias que se seguiu, destaque para a cada vez maior importância atribuída pelas IFI ao financiamento do setor privado e à integração da componente da sustentabilidade e ação climática nos projetos desenvolvidos pelas multilaterais, tornando premente a capacitação dos agentes financeiros na matéria.

À semelhança de anos anteriores, foi apresentado o Plano de Atividades para 2021, o qual foi desenhado tendo em vista dar resposta às necessidades das empresas e consultores portugueses que pretendem dar cartas no mercado das multilaterais. Estão, pois, previstas, entre outras, atividades de dinamização de encontros bilaterais com as IFI, para efeitos, sobretudo, de financiamento/investimento. Este plano foi estipulado com o pressuposto de que todas as ações serão virtuais, já que se mantém um grau de incerteza bastante elevado quanto à possibilidade de organização de eventos presenciais.

O MAMM resulta do Acordo de Parceiros celebrado entre o GPEARI e a AICEP em 2009, e tem como principal objetivo assegurar que a participação do Estado no capital das Instituições Financeiras Internacionais resulta num adequado retorno para a economia nacional. Na CA participam diversos organismos da administração pública e associações empresariais.