null Fundo Comum para os Produtos de Base flexibiliza reestruturações de dívida em consequência da crise pandémica

Caixas com ananases num armazém em Madagáscar

Direitos de autor da imagem: Common Fund for Commodities (CFC)

Nos passados dias 8 e 9 de dezembro de 2020, realizou-se a 32.ª reunião do Conselho de Governadores do Fundo Comum para os Produtos de Base (CFC), no decurso da qual foi salientada a aprovação do financiamento de oito novos projetos durante o ano de 2020, com destaque para a promoção da agricultura cooperativa no Burundi, para o reforço da produção de ananases para exportação no Benim e para o apoio ao fundo de maneio de uma empresa de produção de fruta e especiarias em Madagáscar.

Adicionalmente, no âmbito da facilidade de financiamento para promoção do comércio internacional, foi aprovado o apoio a um projeto de produção de cacau de elevada qualidade pelas comunidades rurais da Colômbia.

Foi ainda destacado o facto de, tendo em conta o novo enquadramento económico e financeiro a nível internacional, em consequência da crise pandémica, ter sido concedida ao Diretor Executivo do CFC a competência para diferir o calendário de reembolso dos empréstimos concedidos, até ao prazo de dois anos, desde que as respetivas contrapartes enfrentem comprovadas dificuldades de pagamento.

Foi igualmente abordada a possibilidade de o CFC desempenhar um papel mais relevante na mobilização de investidores interessados nas cadeias de valor das matérias primas, mediante a criação de uma facilidade de investimento de impacto sob a gestão do próprio CFC, a qual teria por objetivo a promoção de projetos verdes e adaptados às alterações climáticas, articulando igualmente elementos de género, de digitalização e de segurança alimentar, com o propósito último de aumentar o rendimento disponível dos produtores e das pequenas e médias empresas.

O Fundo Comum para os Produtos de Base, estabelecido em 1989, é uma instituição financeira multilateral constituída no âmbito da ONU, que tem por missão contribuir para a redução da pobreza mediante o reforço da capacidade de geração de recursos pelos produtores de matérias-primas.