null Seminário “The Daily Economic Indicator (DEI): Tracking Economic Activity Daily During the Lockdown”

Pode-se visualizar várias lâmpadas penduradas acesas e algumas desfocadas.

Direitos de autor da imagem: Pexels

O GPEARI e o GEE promoveram, no passado dia 21 de janeiro, o respetivo 57.º seminário conjunto (em formato digital), cujo tema versou sobre o artigo “The Daily Economic Indicator (DEI): Tracking Economic Activity Daily During the Lockdown”, da autoria de Nuno Lourenço e António Rua, (ambos quadros do Banco de Portugal) e cuja apresentação esteve a cargo deste último.

Esta iniciativa teve como objetivo apresentar o desenvolvimento e a criação de um indicador de alta frequência periódica para acompanhar os impactos decorrentes das consequências provocadas pela pandemia de COVID-19 na atividade económica, de forma a possibilitar respostas mais ágeis de política económica.

A análise do comportamento deste indicador (que incorpora cinco séries diárias corrigidas de sazonalidade, i.e.: (i) tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas; (ii) consumo de eletricidade; (iii) consumo de gás natural; (iv) carga e correio desembarcado nos aeroportos nacionais; e, (v) compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes), revelou que a atividade económica em Portugal, sofreu uma queda repentina e abrupta a partir de meados de março de 2020, com evidência clara para as datas dos grandes pacotes de medidas implementadas pelo Governo para controlo sanitário da pandemia (i.e. 12 de março com o estado de alerta máximo, e a 18 de março com a declaração do estado de emergência) o que levou na altura ao encerramento de várias atividades económicas.

Ainda neste contexto, o indicador releva para a queda sem precedentes da atividade económica nos meses de abril e maio, cuja recuperação se observou de forma gradual (ainda que em níveis negativos) desde junho, com a terceira fase de desconfinamento, até à primeira quinzena de novembro, altura em que se observaram novas restrições à mobilidade de pessoas, para de seguida recuperar com o relaxamento das medidas em finais de novembro.

Por fim, no âmbito da utilidade deste indicador, o autor salientou a pertinência do mesmo para captar informações sobre o crescimento do volume do Produto Interno Bruto (PIB). A título de exemplo referiu que a queda homóloga do PIB no 2.º trimestre, de acordo com os  dados do INE foi de 16,4% e que a média dos 90 dias do referido indicador foi de 16,5%.

Direitos de Autor da Imagem: Nuno Lourenço e António Rua

Anexo:

Apresentação