null Capacidade de financiamento da economia aumentou para 0,4% do PIB

Notas de euro

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Segundo as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional referentes ao terceiro trimestre de 2021, divulgadas pelo INE, a economia portuguesa apresentou uma capacidade de financiamento de 852 milhões de euros, no ano acabado nesse trimestre, correspondente a 0,4% do PIB, o que representa uma subida de 0,3 p.p. relativamente ao trimestre anterior.

Neste contexto, existiu uma subida de 1,5% do Rendimento Disponível Bruto (RDB), e um aumento de 1,3% da despesa de consumo final, originando um aumento de 2,8% da poupança bruta relativamente ao trimestre anterior. Este aumento da poupança bruta aliado ao aumento das transferências de capital recebidas do Resto do Mundo contribuíram para evolução acima referida, não obstante a formação bruta de capital ter aumentado 3,5% face ao trimestre anterior.

À semelhança de trimestres anteriores, as Famílias e ISFLSF assim como as Sociedades Financeiras apresentaram capacidade de financiamento (de 4,9% e 1,5% do PIB, respetivamente), enquanto que as Sociedades Não Financeiras e as Administrações Públicas exibiram necessidade de financiamento (de 2,1% e 3,9% do PIB, respetivamente).

Tanto no caso das Famílias como das Sociedades Financeiras, a capacidade de financiamento registou uma diminuição relativamente ao trimestre anterior, de 0,5 p.p. e 0,1 p.p., refletindo, em ambos os casos, a redução de poupança.

As Administrações Públicas melhoraram o saldo em 2 p.p., resultante do aumento da receita em 4,1% e da diminuição da despesa em 0,4%. A diminuição da despesa reflete essencialmente a redução na despesa de capital de 9,6%, decorrente dos efeitos combinados do aumento do investimento em 6% e da redução da outra despesa de capital em 29,7%. No caso da receita, tanto a receita corrente como a de capital registaram crescimentos de 2,9% e de 103,3%, respetivamente. O aumento da receita de capital reflete principalmente o reembolso da margem pré-paga e respetivos juros de aplicação no montante de 1 114,2 milhões de euros, retida aquando da concessão do empréstimo pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira ao Estado Português.

Já as Sociedades Não Financeiras aumentaram as necessidades de financiamento em 1,1 p.p., refletindo a diminuição de 0,8% do Excedente Bruto de Exploração.