null Grupo do Banco Europeu de Investimento encerra 2021 com valor recorde de 5 324 milhões de euros de financiamento em Portugal

Edifício do BEI com a bandeira dos países. No parte inferior direita contém a designação

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O Grupo do Banco Europeu de Investimento, composto pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Europeu de Investimento (FEI), apresentou os resultados da sua atividade em Portugal em 2021.

No segundo ano de atividade centrada na resposta à crise da COVID 19, o Grupo registou valores recorde de aprovações globais, no valor de 95 mil milhões de euros: 65 mil milhões concedidos pelo BEI e 35 mil milhões por parte do FEI.

Foram assinadas 27 operações de financiamento em Portugal, num montante total de 5 324 milhões de euros (um aumento de 128% em relação a 2020). Segundo a instituição, Portugal foi o segundo maior beneficiário de financiamento do Grupo, em percentagem do PIB, e o quinto em termos absolutos.

As operações assinadas em 2021 dizem respeito a financiamento nos setores de serviços financeiros, energia, transportes, eficiência energética e requalificação urbana, sendo, no entanto, a grande maioria da atividade em Portugal (4,9 mil milhões de euros, o que representa 92% do total) direcionada para o apoio às empresas (em particular pequenas e médias empresas – PME) através da partilha de risco com instituições financeiras.

Destaque para a assinatura, em dezembro passado, da segunda tranche do financiamento do BEI ao Instrumento Financeiro para a Reabilitação e a Revitalização Urbanas (IFRUU), no valor de 200 milhões de euros, com o objetivo de apoiar os municípios portugueses na revitalização social e económica das áreas urbanas em Portugal, prevendo igualmente medidas de eficiência energética.

A parceria entre o FEI e o Banco Português de Fomento materializou-se na criação do Portugal Tech II, com o objetivo de mobilizar 250 milhões de euros em investimentos de venture capital para empresas de base tecnológica, e na seleção do primeiro investimento num fundo destinado a apoiar a economia azul no âmbito da Parceria Portugal Blue, que pretende mobilizar mais de 75 milhões de euros em capitais públicos e privados. Para além de participações de capital em fundos de investimento, as operações do FEI em 2021 apoiaram as instituições bancárias nacionais com esquemas de garantia para a promoção da concessão de crédito às empresas portuguesas.

A atividade do Grupo em 2021 foi impulsionada pela implementação do Fundo de Garantia Pan-Europeu (EGF na sigla em inglês), criado em 2020 com o objetivo de mobilizar 200 mil milhões de euros para apoiar as empresas a enfrentarem as consequências económicas da Covid-19, com prioridade para as PME. Desde a sua criação que o EGF apoiou com 23,2 mil milhões de euros em aprovações nos 22 Estados-membros participantes. Destes, 1,8 mil milhões correspondem a garantias para 16 operações em Portugal que o Grupo do BEI estima que venham a mobilizar financiamentos de cerca de 11,6 mil milhões de euros, em particular da parte do FEI, destinado a apoiar as PME portuguesas. Segundo a estimativa da instituição, 22 mil PME portuguesas beneficiaram de financiamento do Grupo do BEI.

Após dois anos de nível recorde de atividade, o BEI antecipa que a sua atuação em 2022 se redirecione da resposta à crise para a prossecução dos objetivos de política, com forte enfoque no Roteiro para o Banco Climático e a transição justa, na agenda de transformação digital, no apoio à coesão e ao emprego de qualidade, assim como na implementação do EIB Global que concentra as atividades do Banco fora da União Europeia.

O BEI, criado em 1958 e com sede no Luxemburgo, é a instituição financeira da União Europeia, tendo por missão contribuir, através do financiamento de investimentos, para a integração, o desenvolvimento equilibrado e a coesão económica e social da UE. O Grupo do BEI conta ainda com o FEI, cuja missão é apoiar o acesso das PME europeias a financiamento, através de garantias a instituições financeiras e de operações de capital de risco.