Banco de Desenvolvimento da América Latina aprova aumento histórico de capital com a visão de se tornar o banco verde e o banco da recuperação da região
Direitos de autor da imagem: Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF)
A Assembleia de Acionistas do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) aprovou, em reunião extraordinária ocorrida a 8 de março, um aumento de capital de 7,5 mil milhões de dólares.
Com este aumento de capital, o Banco pretende tornar-se o banco verde da região da América Latina e das Caraíbas, duplicando o peso relativo do financiamento verde nas suas operações, de 20% para 40% em 2026, num total de 25 mil milhões de dólares; e afirmar-se como o banco da recuperação da região, duplicando o seu volume de operações de 30,2 mil milhões de dólares em 2021 até um montante estimado de 59 mil milhões de dólares em 2030.
Este processo de fortalecimento patrimonial da CAF foi aprovado cerca de cinco meses depois da tomada de posse do novo Presidente do Banco, o colombiano Sergio Díaz-Granados, cujas prioridades incluem: financiamento verde, recuperação económica, setor privado, e transformação digital, bem como, de uma forma transversal, igualdade de género e diversidade.
Os acionistas aprovaram também a entrada da República Dominicana e de El Salvador como novos membros do Banco.
Portugal, representado pelo GPEARI, apoiou o objetivo de fazer da CAF o banco verde da região e solicitou à nova Direção do Banco uma reflexão sobre formas de aumentar a transparência da governação e a representação dos acionistas mais pequenos do Banco. No quadro do robustecimento da relação entre Portugal e a CAF, foi referida a importância de a CAF ter uma participação ativa na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas prevista para finais de junho em Lisboa, e foi também anunciada a organização, em Lisboa, no segundo semestre do ano, de um diálogo empresarial de alto nível na forma de primeira Conferência CAF-Portugal.
A CAF é uma instituição financeira internacional, inaugurada em janeiro de 1970, que tem por objetivo promover o desenvolvimento da região da América Latina e das Caraíbas. Conta como acionistas com 18 países soberanos da região, Espanha, Portugal e 13 instituições financeiras da região. Portugal é membro desde 2009.
