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Realizou-se no passado dia 10 de março a 81.ª edição do ciclo de Seminários GPEARI/GEE, cujo tema versou sobre o trabalho “Employee training and firm performance: Evidence from ESF grant applications”, da autoria de Pedro Martins, tendo a presentação ficado a cargo do autor.
Neste trabalho, o autor procurou avaliar o impacto da formação de trabalhadores no âmbito do programa “Formação para a Inovação e Gestão (FIG)”, financiado pelo Fundo Social Europeu, no desempenho das empresas, tentando responder a algumas questões, tais como: em que medida é que há um retorno da formação; os programas atingem os objetivos propostos; como poderão estes programas serem desenhados, no futuro, de uma forma mais adequada.
Para a análise foi efetuado o cruzamento entre quatro bases de dados:
- Base de dados com todas as empresas que apresentaram candidaturas ao FIG entre 20107 e 2011;
- Quadros de pessoal (QP) das empresas para o período de 2002 a 2017;
- Informação empresarial simplificada (IES) das empresas para o período entre 2004 e 2017
- Estatísticas do comércio internacional para o período de 2007 a 2017
A metodologia utilizada foi a das diferenças em diferenças onde é efetuada a comparação entre as empresas que tiveram a sua candidatura aprovada com empresas que apresentaram a candidatura, mas não obtiveram aprovação. Este modelo não exige que as empresas sejam comparáveis no período anterior ao financiamento, exigindo apenas que o padrão de evolução ao longo do tempo seja comparável entre os dois grupos.
Com esta especificação procurou-se estimar qual o incremento no desempenho das empresas que foram abrangidas pelo programa a partir do momento em que o financiamento foi disponibilizado, não só para o primeiro ano após o financiamento, mas também para os anos seguintes.
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Relativamente aos impactos que o programa teve no desenvolvimento das empresas, os resultados obtidos permitem concluir que:
- verificou-se um impacto positivo no volume de vendas, na produtividade, no valor acrescentado e no nível de emprego;
- a avaliação da relação custo-benefício foi positiva
- verificou-se um aumento do investimento em formação no período pós financiamento por parte das empresas financiadas;
- não se verificou um aumento da média salarial, o que pode ser explicado pelo aumento do nível de emprego e contratação de novos trabalhadores com salários mais baixos que os trabalhadores em atividade.