null Administrações Públicas com saldo positivo no primeiro semestre do ano

Notas de euro

Direitos de autor da imagem: INE (Instituto Nacional de Estatística)

As Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, publicadas pelo INE, no dia 23 de setembro, mostram que no primeiro semestre de 2023, a economia portuguesa registou uma capacidade de financiamento de 1,7% do PIB, constituindo, por isso, uma evolução positiva face aos semestres anteriores, já que compara com uma capacidade de financiamento de 1,6% no último semestre de 2022 e uma necessidade de financiamento de 2,5% no semestre homólogo de 2022.

Esta evolução reflete melhorias no caso das Sociedades Financeiras e nas Administrações Públicas.

No caso das Famílias e Instituições Sem Fim Lucrativo ao Serviço das Famílias (ISFLSF), estas registaram uma necessidade de financiamento de 649,5 milhões de euros (equivalente a 0,5% do PIB), dado que as despesas de consumo final aumentaram 8,5%, sendo um crescimento superior ao do rendimento disponível bruto (6,7%), implicando uma descida da poupança em 22,9%. No primeiro semestre, a taxa de poupança fixou-se nos 4% (sendo uma descida de 1,5 p.p. face ao período homólogo).

Para além das Famílias e Instituições Sem Fim Lucrativo, também as Sociedades Não Financeiras registaram uma necessidade de financiamento de 1.681,9 milhões de euros (1,3% do PIB). Em sentido contrário, as Sociedades Financeiras melhoraram a sua capacidade de financiamento para 2,4% do PIB (mais 0,2 p.p. face ao semestre anterior).

As Administrações Públicas registaram um saldo orçamental positivo de 1,1% (o maior desde o segundo semestre de 2019), tendo a receita total aumentado 8,4% superior ao crescimento da despesa de 6,6%. O crescimento da receita foi impulsionado pelo aumento na receita fiscal (7,5%), contribuições socias (11,4%) e vendas (2,1%), enquanto do lado da despesa foram relevantes os encargos com juros (20,9%) e despesas de capital (21,8%).

Os últimos dados disponibilizados pelo INE originaram ainda uma revisão em alta do PIB de 2022, cujo crescimento passou para 6,8% (mais 0,1 p.p. face aos dados anteriores).