null Governadores do Banco Asiático de Desenvolvimento destacam o papel do Grupo no apoio aos SIDS e FCAS e na transição climática da região da Ásia e Pacífico

Mulheres a trabalhar nos campos da Papua Nova Guiné

Direitos de autor da imagem: Banco Asiático de Desenvolvimento (BAsD)

A 57ª edição da Assembleia Anual de Governadores do Grupo do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAsD) teve lugar de 2 a 5 de maio, em Tbilisi, Geórgia, sob o lema “Bridge to the Future” e com um programa de eventos destinado a permitir o debate das temáticas que afetam a região da Ásia-Pacífico, tendo em vista a definição estratégica da atividade da instituição.

Este ano, o início dos trabalhos, a 2 de maio, foi marcado pela realização terceira e última reunião de reconstituição de recursos do Fundo Asiático de Desenvolvimento (FAsD). Para o período de 2025-2028 (FAsD14), o Fundo conta com o montante total de cerca de 5 mil milhões de dólares, destinados prioritariamente a assistência aos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Small Island Developing States - SIDS na sigla em inglês), que são particularmente vulneráveis ​​– em especial às alterações climáticas -, assim como aos países em situações frágeis e afetados por conflitos (Fragile and Conflict-affected Situations – FCAS na sigla em inglês). Criado em 1974, o FAsD, é a janela concessional do Banco que tem como objetivo reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida nos países mais pobres, e simultaneamente mais endividados, da região da Ásia e Pacífico. O Fundo é reconstituído de quatro em quatro anos através das contribuições financeiras de doadores e conta atualmente com 32 países, entre os quais Portugal.

Na Sessão Plenária de Governadores, a 4 de maio, foi aprovado o Relatório Anual de 2023, com destaque para o volume de operações que se cifrou nos 23,6 biliões de dólares, 15% superior a 2022, e para o facto de as operações no setor climático terem atingido o maior valor de sempre com 9,8 biliões de dólares. Foi ainda aprovada a alocação dos resultados líquidos de 2023, que totaliza 1,42 bilhões de dólares, a maior da história da instituição.

A representação nacional foi assegurada pelo GPEARI, que na intervenção na Sessão Plenária sinalizou os desafios económicos e climáticos da era atual, tendo congratulado o Banco não só pelo trabalho levado a cabo com a Revisão do Quadro de Adequação de Capital, que permitiu aumentar a capacidade financeira do Banco em USD 10 mil milhões/ano na próxima década, assim como pela implementação do Novo Modelo Operacional da instituição que, através da descentralização, tem permitido garantir uma maior proximidade do banco aos seus clientes. 

A próxima edição da Assembleia Anual de Governadores, dedicada ao tema “Sharing Experience, Building Tomorrow”, está agendada para ter lugar de 4 a 7 de maio de 2025, em Milão, Itália - a primeira reunião na Europa em uma década.