null Emprego no centro das Reuniões de Primavera do FMI e Banco Mundial 2025

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As Reuniões de Primavera dos Conselhos de Governadores do FMI e do Grupo Banco Mundial (GBM) decorreram entre 21 e 26 de abril de 2025, em Washington, D.C., tendo como tema central a criação de emprego.
Este foi também o principal ponto da 111ª Reunião do Comité de Desenvolvimento, realizada a 24 de abril, onde foi debatida a estratégia Empregos: O Caminho Para a Prosperidade, a qual assenta em de três frentes: acelerar a criação de empregos por meio de investimentos em infraestrutura; melhorar os quadros regulatórios e mobilizar capital privado. Destacou-se o apoio direcionado às Micro, Pequenas e Médias Empresas, bem como investimentos em educação e desenvolvimento de competências, com especial ênfase em setores como energia, agronegócio e saúde. A agenda de reformas foi projetada para ser dinâmica e escalável, adaptando-se às necessidades únicas de cada país. O comunicado final da reunião reafirmou o compromisso do Grupo do Banco Mundial em construir parcerias eficazes e adaptáveis para enfrentar os desafios globais do emprego, sinalizando um passo significativo na busca global pelo crescimento económico.
Durante as Reuniões de Primavera destacou-se também o discurso do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Embora tenha havido discussões sobre uma possível retirada dos EUA do FMI e do GBM, Bessent reiterou que a administração Trump busca reformas significativas dentro dessas instituições, através de um retorno às suas missões originais e de uma operação mais eficiente, fortalecendo a liderança dos EUA, em vez de se retirar delas.
A delegação de Portugal a estas Reuniões da Primavera foi chefiada pelo Ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. Durante o evento, a delegação portuguesa manteve um conjunto de encontros bilaterais, incluindo com as equipas do FMI e do GBM e com os representantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
O GBM integra a AID (doações e empréstimos aos países mais pobres), o BIRD (financiamento a países de rendimento médio) e a SFI (apoio ao setor privado em países em desenvolvimento). Adicionalmente, conta com a MIGA, que promove investimento estrangeiro por meio de garantias, e o CIADI, que arbitra disputas de investimento entre Estados e investidores.