null Reuniões Anuais do Banco Mundial e FMI 2025: Portugal acompanha nova agenda para a criação de emprego e ação climática

Annual Meetings 2025 Washington DC

Direitos de autor da imagem: IMF (International Monetary Fund)

As Reuniões Anuais dos Conselhos de Governadores do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Grupo Banco Mundial (GBM) decorreram entre 13 e 18 de outubro de 2025, em Washington, D.C. A delegação de Portugal a estas Reuniões foi chefiada pelo Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito, tendo participado em diversas reuniões bilaterais e multilaterais com parceiros estratégicos.

O tema central das reuniões foi a criação de emprego como motor do desenvolvimento económico, com destaque para estratégia do GBM “Empregos: O Caminho Para a Prosperidade” apresentada na 112.ª Reunião do Comité de Desenvolvimento. Esta estratégia assenta em três pilares fundamentais: investimento em infraestruturas físicas, humanas e naturais; melhoria dos ambientes regulatórios e de negócios; e mobilização de capital privado em larga escala.

Os Governadores destacaram a importância de expandir o acesso à educação e à formação técnica e profissional, garantir energia acessível e sustentável, e apoiar as micro, pequenas e médias empresas. Foi também sublinhada a necessidade de reforçar a colaboração entre o GBM, o FMI e outros parceiros de desenvolvimento, nomeadamente em áreas como a sustentabilidade da dívida, a mobilização de recursos internos e o apoio a países de baixo rendimento, frágeis e de rendimento médio.

No âmbito das Reuniões Anuais, teve ainda lugar a 14.ª Reunião Ministerial da Coligação de Ministros das Finanças para a Ação Climática, que destacou o papel central dos Ministérios das Finanças na mobilização de financiamento climático. Foi apresentada a terceira Declaração Conjunta de Ação Climática, com mais de 500 políticas implementadas, e discutidas formas de escalar o financiamento público e privado para adaptação e resiliência, no contexto da iniciativa “De Baku a Belém”, que visa mobilizar 1,3 mil milhões de dólares até 2030.

O GBM integra a AID (doações e empréstimos aos países mais pobres), o BIRD (financiamento a países de rendimento médio) e a SFI (apoio ao setor privado em países em desenvolvimento). Adicionalmente, conta com a MIGA, que promove investimento estrangeiro por meio de garantias, e o CIADI, que arbitra disputas de investimento entre Estados e investidores.